quarta-feira, 24 de setembro de 2014

RELATO DE EXPERIÊNCIA: Retratos da Leitura em Esteio - um projeto de pesquisa científica

          Uma das políticas pedagógicas da rede municipal onde trabalho - a saber, da cidade de Esteio - é a prática da pesquisa de investigação científica no Ensino Fundamental, a fim de que os alunos se apropriem gradativamente de conceitos e de ideias, vinculando-os entre as diferentes áreas do conhecimento. No segundo trimestre, orientei, com professores colegas, alguns projetos de pesquisa, e nesta postagem, pretendo contar um pouco do que foi feito com a turma do 7ºB. 

O projeto de pesquisa "Retratos da Leitura em Esteio" partiu de uma proposta minha e da professora Cáren Saraiva, de Matemática, para a turma. Através do processo metodológico de uma pesquisa quantitativa, os alunos buscaram conhecimento de ambas as disciplinas para medir o comportamento e o hábito de leitura dos moradores da cidade de Esteio, localizada na região metropolitana de Porto Alegre. 


A metodologia utilizada seguiu os passos da pesquisa em âmbito nacional “Retratos da Leitura no Brasil”, realizada pelo Instituto Pró-Livro, adaptada para o contexto social e para a faixa etária dos alunos. Depois de mostrados e discutidos os índices de leitura nacionais, os alunos foram a campo entrevistar moradores de Esteio, no total de 0,01% da população da cidade (ou seja, 81 pessoas). Paralelamente, o grupo leu textos indicados pela professora de Português para a construção do referencial teórico da pesquisa. Depois de realizar os questionários, os alunos calcularam e tabularam os dados nas aulas de Matemática, e, com a professora de Português, analisaram os dados levantados para a construção das conclusões do trabalho.


        A culminância do projeto foi sua apresentação na Feira de Ciências e Ideias da escola, onde a comunidade escolar conheceu os índices de leitura da cidade e pôde acompanhar toda a trajetória de pesquisa dos alunos. 

        Durante o processo da pesquisa, os alunos puderam avaliar, de forma crítica e emancipada, os motivos pelos quais ainda não temos uma sociedade leitora em nosso país e comunidade, e, mais do que isso, puderam propor iniciativas que fomentassem o gosto e o hábito da leitura entre os moradores da cidade onde vivem.
           Nas conclusões do trabalho, a iniciativa de incentivo à leitura mais lembrada pela turma foi a realização de mais eventos literários, como Feira do Livro, em outros locais da cidade. Outras iniciativas sugeridas foram: Bibliotecas Móveis em praças de grande circulação da cidade, como a Praça do Expedicionário e a Praça da Juventude, e a criação de um Clube de Livro, inclusive no próprio espaço da escola, onde leitores possam se reunir para discutir o que leram e o que gostam de ler. O parágrafo final da conclusão do trabalho aponta algumas constatações feitas pelo grupo de alunos: “Por fim, avaliamos que a leitura é valorizada no discurso das pessoas, mas não é uma pratica constante em suas vidas. Precisamos investir muito ainda para que tenhamos mais leitores, isso deve começar na casa das pessoas, continuar na escola e ir para sua vida toda.”

Confira os resultados da pesquisa através do relatório realizado pelos alunos:


 

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Projetos de pesquisa - Grécia Antiga (6º B)

Oi, pessoal,
Cada grupo vai ler o texto indicado no link abaixo do seu tema de pesquisa, vai selecionar as ideias que são importantes para seu trabalho (em forma de texto, de, no mínimo, dois parágrafos) e registrá-las no caderno. 


Transporte na guerra
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Trirreme
http://www.paideuma.net/s4a.htm

Homero
 http://www.suapesquisa.com/biografias/homero.htm
http://www.e-biografias.net/homero/

Cavalo de Troia
http://chc.cienciahoje.uol.com.br/a-incrivel-historia-do-cavalo-de-troia/
http://vmansinho.blogspot.com.br/p/lenda-do-cavalo-de-troia_11.html

Páris
http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1ris
http://mitologia.blogs.sapo.pt/52794.html

Heróis Gregos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Odisseu
http://www.paideuma.net/oparadigmadoheroi.htm

Ninfas
http://www.suapesquisa.com/mitologiagrega/ninfas.htm
http://deuseseheroisnaodisseia.blogs.sapo.pt/2414.html
http://www.infopedia.pt/$ninfas-%28mitologia%29

Projetos de pesquisa - Grécia Antiga (6º A)

Oi, pessoal,
Cada grupo vai ler o texto indicado no link abaixo do seu tema de pesquisa, vai selecionar as ideias que são importantes para seu trabalho (em forma de texto, de, no mínimo, dois parágrafos) e registrá-las no caderno. 

Ciclopes na Odisseia e no filme Percy Jackson
http://www.infoescola.com/mitologia-grega/ciclopes/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tyson_%28Percy_Jackson_%26_the_Olympians%29
 
Vestimenta de guerra
 http://pt.maxihow.com/1/cultura-e-sociedade/culturas/cultura-grega/article-1.html

Heróis gregos
http://www.paideuma.net/oparadigmadoheroi.htm
 http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/MGAquile.html

Aquiles na Ilíada e no filme Troia
http://www.paideuma.net/oparadigmadoheroi.htm
http://hydraficcoes.wordpress.com/2012/11/10/analises-de-estruturas-a-apresentacao-de-aquiles-em-troia/

Amor na Grécia Antiga
 http://mitologia.blogs.sapo.pt/52794.html

Deuses na Odisseia
http://deuseseheroisnaodisseia.blogs.sapo.pt/

quarta-feira, 30 de julho de 2014

PROJETOS DE PESQUISA CIENTÍFICA NO ENSINO FUNDAMENTAL - como apresentá-los aos alunos

No final do mês de agosto, a escola onde trabalho vai realizar a sua Feira de Ciências e Ideias e, neste ano, o grupo de professores se propôs a abraçar a metodologia de pesquisa na rotina escolar. Estou orientando vários projetos que partiram do interesse dos próprios alunos a partir de alguns temas que estão sendo discutidos e estudados na disciplina de Português e que se articulam com outras disciplinas, como é o caso do projeto "Narrativas épicas de Homero", cujo relato das ações do ano passado pode ser encontrado aqui e aqui, e que, este ano, está inserido na proposta da metodologia da pesquisa científica. 

O primeiro questionamento dos professores é como inserir a proposta dentro do sistema escolar rígido que temos: professores têm, previsto em lei, 1/3 da sua carga horária para planejar, produzir e avaliar seus materiais, e 2h semanais para encontrar-se com seus pares para articular projetos, o que nem sempre acontece, pois outras demandas se acumulam nas reuniões pedagógicas. Sendo assim, a primeira constatação é: se vamos trabalhar articulados com outras disciplinas, é preciso ter tempo na reunião pedagógica para planejamento e avaliação do trabalho.

O segundo ponto é como vamos apresentar aos alunos - no meu caso, 6º e 7º anos do Ensino Fundamental - a metodologia científica. A primeira atividade realizada na escola, em abril, foi a visita do jovem pesquisador Felipe Machado, meu ex-aluno, cuja trajetória com o projeto Tábua de Tubo o levou a vários países e também para o Programa Caldeirão do Huck, no quadro Jovens Inventores. O mais interesse no bate-papo com os alunos foi que Felipe, de forma descontraída porém aprofundada, apresentou-se como um adolescente que teve de superar problemas de saúde e outros problemas típicos de um adolescente e não deixar abater-se. 

A segunda atividade proposta aos alunos foi no sentido de conhecer os repertórios sobre a pesquisa científica com as seguintes perguntas: 1) O que você entende por "pesquisa científica?" 2) O que é preciso para ser um bom pesquisador? 3) Que assuntos, temas despertam a sua curiosidade? Que disciplinas do currículo da escola poderiam ajudá-lo a descobrir novas coisas sobre este assunto? Depois de respondidas as perguntas individualmente, os alunos socializaram algumas respostas e, para as duas primeiras questões, elaborei um mapa conceitual com verbos e ações a partir das palavras "pesquisa científica" e "pesquisador".

Na aula seguinte, apresentei para as turmas algumas ideias sobre pesquisa e método científico em uma apresentação na sala de vídeo. Neste momento, foi preciso desmistificar algum conceitos que os alunos trouxeram nas produções escritas, como a de que só pode se fazer ciência na disciplina de ciências; a de que um experimento isoladamente é uma pesquisa científica...
Começamos com o vídeo da série "O mundo de Beakman" sobre método científico:



A seguir, apresentei-lhes de que forma podemos aprofundar nosso conhecimento sobre algum assunto através da pesquisa científica - partindo do conhecimento do leigo (eu acho que...) para o conhecimento do cientista (que pergunta em que circunstâncias a situação aconteceu: como, quando, onde, por quê, e que faz novas descobertas e pode propor mudanças sobre a situação inicial). Depois, com a leitura da imagem abaixo, passamos para a discussão do método científico, entendido como uma forma de se obter conhecimento sobre algum fenômenos. 
Dei o exemplo da mitologia grega, entendida como uma forma que o homem primitivo teve de responder aos mistérios e grandes perguntas do universo, processo que aconteceu através da observação e da intuição. 

A partir daí, se deram os desdobramentos das pesquisas dos grupos de alunos. Caderno de campo e plano de pesquisa nas mãos, isto é papo para outra postagem... 



quinta-feira, 17 de julho de 2014

Trabalho 7º ano A

Caros alunos!

Na aula passada, vocês leram textos que tratavam de lendas urbanas.Hoje, cada grupo vai ler os textos dos links abaixo e vai escrever quais características são necessárias para se escrever uma lenda urbana que convença seu leitor:

Como escrever uma lenda urbana eficaz (Revista Superinteressante)

Como surge uma lenda urbana (Blog Assim se faz)


Depois, leia a lenda urbana de Heloisa Prieto, "Loira do Banheiro" e elabore um resumo do enredo da história:

Bom trabalho!
Profe Ana Paula


Trabalho 7º ano B

http://bibliblogue.files.wordpress.com/2012/09/escuela-lectura_-philippe-behc3a1.jpg

Caros alunos!

Na aula passada, vocês conheceram alguns resultados da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, publicada pelo Instituto Pró-Livro. Hoje, vocês vão ler sobre algumas iniciativas realizadas no País que incentivam a leitura em diferentes espaços.
Cada um dos grupos vai ler um texto sobre uma iniciativa e vai registrar, no caderno de campo, o nome do projeto, onde é realizado, como funciona e quais são seus benefícios para a comunidade local.

Depois, vai escrever, no caderno de campo, iniciativas que possam ser feitas na comunidade de Esteio para estimular as pessoas a lerem mais. Escrever COM DETALHES onde, quando e como o projeto pode ser realizado na cidade.

GRUPO 1 - Piquenique da Leitura (Cachoeirinha/RS) - http://www.bibliotecasdobrasil.com/2013/05/pegue-um-livro-e-fique-vontade-no.html

GRUPO 2 - Sarau da Cooperifa (Taboão da Serra/SP) - http://vilamundo.org.br/2013/04/sergio-vaz-sarau-ajudou-a-criar-identidade-das-pessoas-com-o-bairro/

GRUPO 3 -Bambucicloteca (Porto Alegre/RS) - http://www.ecult.com.br/artes/e-um-passaro-e-um-aviao-nao-e-a-bambucicloteca

GRUPO 4 - Agentes da Leitura (São Bernardo do Campo/SP) - http://www.dgabc.com.br/Noticia/516811/agentes-incentivam-leitura-em-sao-bernardo?referencia=buscas-lista

GRUPO 5 - Biblioterapia - http://www.gazetadopovo.com.br/viverbem/comportamento/conteudo.phtml?id=1362469

GRUPO 6 -Roedores de Livros (Ceilândia/DF) - http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI142426-10473,00-MANHAS+CHEIAS+DE+HISTORIAS.html

GRUPO 7 - Rodas de Leitura (Curitiba/PR) - http://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/roda-de-leitura-conduz-idosos-ao-universo-da-literatura/30821

GRUPO 8 - Prêmio RBS de Educação (RS/SC) - http://redeglobo.globo.com/sc/rbstvsc/noticia/2014/04/grupo-rbs-lanca-2-premio-rbs-de-educacao-veja-como-participar.html

GRUPO 9 - Leitura na primeira infância - http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2014/07/1484933-medicos-prescrevem-livros-para-criancas-com-menos-de-tres-anos.shtml

Bom trabalho! 
Profe Ana Paula






sexta-feira, 4 de julho de 2014

Mediadores de leitura em destaque: LUCIÉRE MACHADO DE OLIVEIRA



Luciére Machado de Oliveira atua como Supervisora Escolar no CMEB Edwiges Fogaça (escola onde trabalho) e como Professora do Laboratório de Aprendizagem do CMEB Oswaldo Aranha, ambos em Esteio. Tem formação em Pedagogia - Supervisão Escolar e Pós-Graduação em Gestão e Planejamento Escolar, as duas no UNILASSALE. Luciére, como se percebe em seu depoimento, é uma grande leitora e contadora de histórias, daquela que vive a personagem e encanta seu público. Como supervisora, participa ativamente dos projetos e ações de leitura literária na escola. Que bom contar contigo, Lu!
        
 Gosto sempre de lembrar/relatar como iniciou o meu processo de alfabetização, meu contato com as primeiras letras. Lembro de “pequena” ter o incentivo, principalmente da minha mãe, quanto à leitura e escrita. Ela relatava o quanto era importante e especial aprender a ler e escrever. Minhas lembranças estão sempre ligadas ao afeto. Venho de uma família que não investia em livros, no sentido de aquisição, mas ressaltava constantemente a importância do contato com eles. Nesse sentido, a escola foi primordial por despertar em mim o desejo de ler, de descobrir coisas novas através da leitura. Na antiga 1ª série ganhei meu primeiro livro. Infelizmente não recordo do título, mas o fato de poder tê-lo comigo ainda mais com uma dedicatória da professora foi algo muito especial. Nas séries finais e no Ensino Médio me tornei uma “rata” de Biblioteca, retirando livros constantemente. Ia diariamente à Biblioteca e ficava folheando os livros, observando as capas e tentando descobrir como eram as histórias.
Tenho dois livros que não esqueço até hoje que são: VOVÔ FUGIU DE CASA do Sérgio Caparelli e INCIDENTE EM ANTARES do Erico Verissimo. No primeiro vivi intensamente na minha imaginação aquela grande aventura vivida por um menino e por seu avô, de saírem viajando pelo interior do RS. Imaginava as paisagens, sentia os cheiros, as emoções de cada personagem. Jamais tirei esse livro da minha cabeça. Já no Ensino Médio, estudando numa escola particular li o segundo livro citado. Num primeiro momento o que me chamou a atenção foi o seu tamanho (em torno de 500 páginas). A curiosidade me moveu e não conseguia parar de ler e tentar descobrir o que aconteceria a cada situação. Uma “loucura” boa, uma ansiedade por descobrir o que aconteceria com cada personagem no momento seguinte. Aceitava as indicações dos professores e dos colegas, tendo a Bibliotecária um papel essencial de incentivo para que eu pudesse ler mais e mais.
Sempre tive a facilidade da comunicação e isso me levou à contação de histórias. Iniciei minha vida profissional há 22 anos como professora alfabetizadora e incentivada pelas histórias de Monteiro Lobato, contava as mesmas aos meus alunos. Adoro a “Cuca” e a “Dona Benta” do Sítio do Pica Pau Amarelo. Ler é estar em fantasia, e a fantasia me cativa! Nada melhor do que contar histórias, fantasiá-las e repassá-las, principalmente, para os “pequenos”. Como educadora, penso que a literatura infantojuvenil na escola tem o papel de despertar a criatividade, o sonho e o desejo por novos conhecimentos. A cada história, a cada livro, várias temáticas são abordadas e com elas surge o despertar de novas curiosidades, da busca por novas aprendizagens e o enriquecimento das experiências vividas.
Luciére Machado de Oliveira